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terça-feira, 27 de setembro de 2011






(COVA)!...NO TRILHO



No dia 18/09 estive passeando em Bento Quirino e também em São Simão, e andando pelo leito da linha da FCA (Ferrovia Centro Atlântico), o que chamou atenção é que existem naquela área da linha muitas covas nos trilhos, acontece que: da Estação de Canaã até a Estação de São Simão a subida é muito acentuada (de 5 a 6 km), conforme o peso do trem que passa por ali exige muita força das locomotivas, o maquinista precisa ter muito conhecimento e experiência, para não deixar as locomotivas perderem a potência (força), caso isso venha a ocorrer o maquinista é obrigado a parar o trem e tomar duas medidas:

1ª avisar o movimento (CCO) a ocorrência e saber dele se há trem em São Simão aguardando para cruzamento, e solicitar para que essas locomotivas venham rebocá-lo;

2ª caso não haja trem em São Simão aguardando cruzamento, ele deve usar de procedimento de contar uma quantidade de vagões e cortar o trem ao meio (o maquinista tem conhecimento de quantos vagões esta transportando), levar a primeira metade até São Simão e voltar a buscar a outra metade que ficou para traz.

O maquinista estando com a composição parada (já deu um fôlego para as locomotivas) se ele não tomar essas medidas e tentar sair com o trem, ele precisa usar a força máxima dessas locomotivas, pode causar um deslize de rodas fazendo com que elas patinem sobre o trilho causando a cova neles. Se der sorte o trem pode até sair na maior parte das vezes ele não sai. Dois tipos de covas podem ocorrer: no trilho ou nas rodas, no trilho quando a locomotiva patina sobre ele é o nosso caso aqui; na roda quando o maquinista aplica o freio violentamente por algum motivo a roda pode escorregar freada sobre o trilho provocando a cova nela; os dois tipos são de gravidade no trilho a gravidade é menor porque com a velocidade do trem ele passa rapidamente sobre ela e vai embora, na roda ela vai batendo forte sobre o trilho até o destino final do trem, a roda pode trincar e fazer com que ela solte do eixo, e causa danos na estrutura da locomotiva (solta porcas dos parafusos, causa mal estar no funcionamento do motor, e em partes sensível da locomotiva), precisa ser substituída imediatamente.

Trem subindo para São Simão 2 loc DDM-45
Foto: José Roberto França


Cova no trilho: Foto José Roberto França


Outra cova: Foto José Roberto França



Das 3 essa é mais grave: Foto José Roberto França


Subida para São Simão: Foto José Roberto França


Visão contrária de São Simão para Canaã:
Foto José Roberto França


                                                    Click na imagem para ampliar 



Os dois casos são passíveis de reparos: a ferrovia possui um equipamentos para esse fim, uma gondola tipo prancha equipada com um motor diesel acoplado em um gerador para produzir corrente elétrica e com um aparelho de solda, o funcionário no local ao longo da linha preenche a cova no trilho com solda elétrica, e depois efetua o acabamento com uma esmerilhadora deixando novinho; na roda a operação é semelhante, antes é preciso efetuar um boa limpeza nela e fazer um exame visual bem feito para observar se não há trincas (devido ela vir batendo forte no trilho durante a viagem), o funcionário suspeitando alguma coisa usa para isto um spray próprio que aparece a trinca imediatamente, havendo trinca o caso é levado ao engenheiro da área que irá fazer a vistoria o assunto é discutido, havendo possibilidade de reparo ele é feito a cova é preenchida com solda elétrica e esmerilhada ou dado um passe no torno de rodas, caso contrário ela é descartada como sucata.




José Robero França
R. Preto: 27/09/2011

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