USINA METALÚRGICA “EPITÁCIO PESSOA”
A origem da Falência
Como já sabemos a Usina era supervisionada pelos técnicos russos e os polacos, como medida de economia esses técnicos foram afastados, sem o acompanhamento deles, houve um grande acidente num dos altos-fornos que ficou inutilizado devido a um entupimento nas tubulações.
O segundo não chegou a funcionar com a sua capacidade total devido à falta de assistência, e a matéria prima insuficiente para mantê-lo funcionando e com esses problemas surgindo, a produção passou a ser precária.
No início do ano de 1929 com as chuvas continuadas fizeram o Rio Pardo a transbordar, arrombando o aterro do lado de Serrinha interrompendo totalmente o tráfego da Estrada, a recuperação demandou certo tempo de serviço causando uma paralização na Usina devido à falta da matéria prima (transporte de ferro), e com a greve dos funcionários das oficinas em Bento Quirino devido à falta de pagamento do pessoal que estava atrasado vários meses, a situação agravou-se.
Pela Ordem de Serviço nº 81 de 19 de abril de 1929, do Dr. Severiano Álvares que determinava a suspensão do tráfego e todos os serviços da Estrada, a partir do dia 21 do mesmo mês, e por algum tempo o telégrafo ficou funcionando e sem manutenção logo interrompeu o sinal entre as Estações.
As duplicatas emitidas no ano de 1929, não foram pagas causando um grande prejuízo para a Metalúrgica, o Banco do Brasil juntamente com o Governo Federal não deram socorro financeiro obrigando a Metalúrgica a pedir concordata, que não foi concedida devido o pedido de falência por Theoodor Wille & Co Ltd.
Os Senhores Ângelo Costa e Marcílio Bondesan foram encarregados pelo síndico da falência, o Dr. Gilberto Sampaio a zelar pelos bens da Estrada designou um vigia para zelar dos bens da Metalúrgica, e outro para os bens das oficinas em Bento Quirino.
Quando da inauguração do Ramal a linha havia sido dividida em duas seções, Antônio Maria Querido ficou como Mestre de Linha do trecho de Serrinha a São Sebastião do Paraíso, para o outro trecho foi nomeado Mestre de Linha o Sr. Antônio Simões, que não sabia nem ler e escrever (analfabeto), e levara sempre consigo o seu filho nas viagens para servir como seu escrevente, havia também um engenheiro de linha o Dr. Arsky (russo), em novembro de 1928 a título de economia o Dr. Severiano Álvares que era superintendente dispensou das funções o engenheiro Dr. Arsky e o Mestre de Linha Sr. Antônio Simões, e nomeando como Mestre de Linha geral em toda a extensão da Estrada o Sr. Antônio Maria Querido (meu avô).
da Cia Eletro Metalúrgica "Epitácio Pessoa"
1 de outubro de 1930 - José Rob.França
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Texto:-
José Roberto França
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